sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Happy Halloween


Não é segredo para ninguém que eu adoro o Halloween e não é só por gostar de me mascarar - quer dizer também gosto do carnaval, mas o halloween tem uma mística diferente... por isso, desejo boas máscaras e uma noite horrorosamente fantástica! :D

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Às vezes apetece-me...

reciclar a minha vida.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Laetificat

Feitiço da Alegria. A pessoa sente-se feliz e divertida.



Às vezes sabia bem ter magia na ponta dos dedos e uma varinha mágica que concertasse tudo.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Há gente bem doida...

Quem achava que andar de eléctrico era algo que dificilmente proporcionaria aventuras, desengane-se.

Hoje de manhã o eléctrico ficou parado porque um carro avariou e ficou a bloquear a passagem. Como é sabido o povo exalta-se nestas situações e as expressões serenas e plácidas transformam-se em esgares retorcidos de ódio. Ouvem-se opiniões exaltadas muitas vezes suportadas por outros anónimos que partilham do mesmo desconforto: gera-se ali quase uma competição em micro-clima para ver quem está mais revoltado.

Quando estávamos finalmente a avançar, um senhor aproxima-se da janela e vê que um carro da polícia estava a chegar e começa a disparatar.

- Ai agora, agora é que aparecem, uma pessoa aqui atrasada para o trabalho... em vez de andarem aqui e avisarem as pessoas e prenderem os culpados...

O eléctrico pára. Os polícias estão mesmo ali. O homem cala-se. O leão feroz era na verdade um cão que só é mau dentro da jaula. O polícia responde, provavelmente a pô-lo na linha. E acaba-se a conversa.

Eu que já tinha pegado num livro já não esperava mais nada daquela viagem e queria era chegar sã e salva à agência... Eis senão quando entra uma senhora já com uma idade respeitável (ou não) e se senta ao meu lado. Nada de mais. Mas a seguir entra uma mulher de meia-idade, brasileira que pede informações ao senhor que refilou com a polícia, ele dá-lhe uma informação errada e qual não é o meu espanto quando a mulher ao meu lado acaba por chamar parvalhona à brasileira. De phones e sem tirar os olhos do livro não é fácil perceber os meandros da discussão, mas quando os gritos são ali ao lado não há como não ouvir.

- Desculpe? Mas a senhora chamou-me parvalhona porquê?

- Ah blam blam blamm e tal  – até aqui não percebi grande coisa e só quando a brasileira virou costas é que eu percebi o que estava prestes a acontecer, ouvi claramente um “é brasileira e basta!” nada inocente que de certeza não iria passar impune.

A brasileira voltou, gritos e mais gritos e “a senhora acha-se melhor do que os outros, qual é o seu problema? Sou brasileira e pago mais impostos do que você, cale-se. Não tem nada que me faltar ao respeito.” A brasileira volta para o seu lugar e a mulher ao meu lado, não satisfeita começa a dizer enormidades como:

- Eu não lhe chamei parvalhona por mal, ela estava a receber uma informação errada, não foi por mal. Mas vêm para cá... olha o senhor meu marido que é polícia havia de gostar disto! É uma tristeza, vêm para cá...

Eu, no meu canto, a tentar não me rir e ao mesmo tempo verdadeiramente constrangida por ter aquela pessoa ao meu lado, tentava abstrair-me. Ouviam-se outras opiniões pelo eléctrico: “pois, mas não ligue”, “sim, sim mas vá deixe lá isso”, “vá mas não é preciso chamar nomes às pessoas, olha agora”...

A brasileira volta a voltar. E eu aí tive de morder o lábio e fazer um esforço hercúleo para não me partir a rir.

- A senhora está a brincar comigo? Qual é o seu problema? Eu não a desrespeitei, que eu saiba, você chamou-me nomes sem razão nenhuma e continua a insistir qual é a ideia?

A brasileira agarra no braço da senhora. Isto vai dar chapada - pensei. E a esta altura eu já só estava à espera que elas começassem à estalada mesmo ali ao lado e já estava mesmo a ver que ia sobrar para mim. O eléctrico pára. A guarda-freios grita:


- Minhas senhoras, vamos lá acabar com a discussão senão vão ter de sair as duas!!

A brasileira cala-se e regressa ao seu lugar. A senhora ao meu lado continua a disparatar como se fosse dona da razão.

- Minha senhora, estou a falar consigo!

Calam-se. Mas... antes da brasileira sair na sua paragem volta ao pé da senhora. Disse-lhe tudo o que quis e ela até tremia no banco. Depois saiu. E assim que a brasileira saiu a senhora ao meu lado voltou a disparatar que “já não há respeito” que “realmente, uma pessoa atura cada coisa”...

E eu penso: que cambada de cobardes. O outro cheio de coragem de dentro do eléctrico que depois se encolheu quando a polícia ficou mesmo ao lado. Esta anormal – eu nunca tentei ser imparcial aqui, aquela estúpida ao meu lado não tinha nada naquela cabeça – que acha que é a maior e que pode dizer o que quiser a quem quiser. 

A sério. O que é que se passa com esta gente?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Há dias assim...



em que só apetece clicar no [x]
se ao menos houvesse um na vida real...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Gosto



de festejos misturados.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Insomnia


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Conversas de Eléctrico #1


Uma senhora entra e pede um bilhete – que custa 1,45€ – o motorista tira o bilhete e ela dá-lhe 1,50€ para pagar, ele pega numa moeda de 5 cêntimos e faz menções de lha dar.

- Ah não, não, fique com ela, eu já tenho muitas pretas! – diz a sorrir.

O motorista insiste e ela pousa-lhe a moeda entre os botões de comando.

Quando ela sorriu outra vez, eu sustive a respiração por momentos e pensei:
Tens muitas pretas, tens. E a maioria está na boca. Porque é que não pegas nas pretas todas e juntas para ires arranjar esses dentes?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Andaluzia em 4 rodas e 6 pernas

A amiga Simões já partilhou a sua visão sobre a viagem aqui. Por isso vou ser breve. (o possível para uma viagem tão preenchida!)

Foram 5 dias intensos, 4 noites de sono necessário, muitos passos e alguma correria. Sevilha foi a primeira paragem, a 4º maior cidade de Espanha que nós percorremos a pé, duas vezes. Vimos coisas lindas, mas ao fim-do-dia só já queríamos descansar os pés.

Ficámos maravilhadas com a Praça de Espanha, mas apanhámos vários monumentos em obras...



Ao fim-do-dia seguimos para Córdoba, a primeira dormida seria numa rua com acesso limitado, mas com boas condições no Hotel e uns suminhos para as meninas, com os cumprimentos do Quique! A noite foi de pizza, coca-cola e risadas inflamadas pelas ruas do centro da cidade. De manhã fomos conhecer os pontos turísticos e perder a cabeça com souvenirs, e não só, de inspiração marroquina.



O próximo destino - Granada - já nos esperava e depois de vinte voltas e uns quantos suspiros resolvemos deixar o carro num dos 28763645 parques subterrâneos que os espanhóis têm. Depois de ultrapassarmos o mau aspecto de algumas ruas, descobrimos uma Granada elegante e convidativa: à porta do hotel caíam balões conduzidos a gargalhadas de uma festa no prédio em frente. Burger King (e não MacDonald's) foi a ementa e mojito pré-feito o complemento!

De Granada seguimos para Málaga, onde visitámos o teatro romano e a casa onde nasceu Picasso. O almoço teve sabor oriental e clandestino também - uma casa de pitas/hamburgers e cachorros que era tudo menos espanhola.

Mijas era o próximo destino, visita rápida, onde deu para conhecer a cerâmica tradicional e ficar com alguma inveja das casinhas que por ali se viam.

Mas a dormida era na Capital do Vento: Tarifa. Uma pequena cidade de mar onde havia surfistas e portugueses em quantidades consideráveis. O italiano que nos serviu uma pizza ficou impressionado com os decibéis das gargalhadas lusitanas que vinham das únicas mesas ocupadas (por tugas). Desta feita o carro ficou perto do hotel, mais perto só se estivesse dentro do quarto: um alívio para os pés e as costas. Na manhã seguinte tomámos um pequeno-almoço de luxo e partimos para Gibraltar à procura dos macacos.

Não havia macacos, mas também não subimos ao monte, visitámos o Jardim Botânico e mesmo quando a fome apertou passámos a fronteira para matar as ânsias no MacDonald's de La Línea de la Concepcion. Não deixámos de sentir o Mediterrâneo, com as mãos porque estava fresco, mas já foi bom.
A última noite em terras espanholas foi em El Puerto de Santa Maria, que nos recebeu quando a noite caía e nos convidou a uma mariscada, ou uma paella sem arroz, como quiserem. Depois houve sangria, cerveza, mojitos e chupitos - tudo com moderação(cof cof). E correrias e gargalhadas. O hotel era um autêntico museu: La Casa de los Leones.

Cádiz era a cidade que se seguia, a penúltima. Depois de 45 min a tentar estacionar, lá cedemos ao parque subterrâneo de Santo Antonio e seguimos viagem. À porta da Catedral encontrámos uns portuenses que nos deram um bilhete de sight seeing! Simpáticos. Fizemos o passeio, espreitámos um mini teatro romano em ruínas e seguimos para Jerez de la Frontera. Oh edifícios bonitos. A Catedral, a Alcáçova e a mesquita.. foi uma visita de médico porque o parquímetro só era grátis até às 17h - hora em que os espanhóis despertam da siesta. Depois da visita e de perdermos um bom quarto de hora atrás da Cartuxa sem a encontrar, fomos ao IKEA. Ponto turístico obrigatório, diria eu. Depois do lanche com direito a gofres/galetes ou o que lhe quiserem chamar, lá fomos nós em busca de almofadas para as fronhas lindas que tínhamos comprado em Córdoba. Trouxemos mantas, suportes, jogos de cama... e as almofadas.